A PRIORIDADE É RESOLVER

Não tenho partido, não tenho opção por regimes, só penso na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

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Sou contra a falta de liberdade de expressão, mas sou também contra a manipulação da pobreza, da miséria e da desinformação. Os dois males se equivalem e se em algum momento houver necessidade de fazer uma opção, que a escolha recaia pelo que em mais curto espaço de tempo mude o destino de nossa sociedade e preserve sua dignidade.

Nunca um povo foi tão enganado por tantas e tão torpes mentiras. Tragam à memória o que lhes foi informado sobre a realidade do país, sobre o que viria no futuro e comparem com o que de fato existia e com o que estamos só começando a viver.

Podemos mudar? Não. Podemos gritar? Sim. Mas de que adianta gritar se nossos gritos não sou ouvidos e se estamos submetidos a instituições complexas que impedem decisões sobre questões claras e evidentes? De que adianta gritar se todos os níveis de poder ou estão corrompidos ou têm compromissos de vassalagem?

Numa guerra desigual alevantou-se um pequeno grupo heroico e competente que quer transformar tudo e passar o país a limpo, mesmo tendo que enfrentar instituições que parecem feitas para não julgar e punir. Contra eles há um exército de forças ocultas que não tendo como contestar, sabotam e postergam para vencer pelo cansaço. Sérgio Moro e seu esquadrão das “mãos limpas” são obstinados, mas talvez tenham que lutar por anos e com muita obstinação para superar as barreiras que lhes são impostas pelos que não querem que cheguem ao fim. Poderão sair vitoriosos, poderão colocar corruptos na cadeia por mais tempo do que seria imaginável, poderão recuperar uma parte do que foi roubado, mas o país não terá o que comemorar porque estará destruído pela paralisia dos muitos anos de guerra.

Vivemos uma guerra de guerrilhas que não sabemos quando terá fim porque o sistema inescrupuloso que está montado no poder não o entregará de forma fácil e cada dia de batalha custa muito caro ao país. Estamos empobrecendo com a perda diária de riquezas que ao fim, como sempre ocorre, penalizará mais os menos favorecidos. Estamos perdendo um tempo precioso para formação de una geração que precisa ser preparada para tomar conta do novo país que Moro quer construir.

Os bravos soldados do bem precisam de um apoio urgente, mesmo que heterodoxo, para que a luta termine sem que o país seja destruído. Precisamos de uma ação rápida que resolva os problemas que estão mais do que claros para toda a sociedade. Precisamos renovar todos os níveis de poder e assegurar que a moral e a ética voltarão a ser cultivadas pelas futuras gerações.

Para cada caso um remédio. Mais do que regime de governo, importa os governantes com seu caráter e suas intenções. Quem poderia imaginar que líderes estudantis revolucionários e líderes de classes oprimidas pudessem construir o mais organizado sistema de corrupção da história do país usando a democracia como bandeira e escudo de proteção. Se só a democracia pudesse resolver todas as dificuldades dos povos, não teríamos hoje uma Argentina e uma Venezuela arrasadas.

Sou absolutamente contra regimes totalitários, mas aprovo intervenções transitórias para libertar sociedades que se tornaram reféns de aproveitadores de instituições falhas . Que se façam novas eleições sem propaganda mentirosa, sem os odiosos marqueteiros, que se modernize a constituição, que se opte pelo parlamentarismo para que governos incompetentes não se perpetuem no poder. Se isso só puder ser alcançado por exceção que se faça por exceção, pois temos experiência suficiente para impedir que o transitório se perpetue. Que a transição seja feita em nome da salvação da democracia e para evitar sua desmoralização.

Caros leitores, analisem com profundidade e consciência a situação de nosso país. Não temam o que pode ser solução. Medo maior devemos ter do que está por vir se continuarmos inertes. Precisamos nos libertar, não importa com que armas. Depois de livres as destruiremos.

Não podemos continuar imobilizados pelo medo de um passado onde os atores não cumpriram com correção seu papel. Eu creio que basta a lembrança e a consciência condenatória do passado para impedir que os erros cometidos e que hoje ainda nos amedrontam não se repitam.

J. Pose

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